Ex-executivos da SpringServe e da FreeWheel lançam a Swivel para otimizar a performance publicitária

No mercado da publicidade digital, onde a eficiência operacional pode fazer a diferença entre lucro e prejuízo, a Swivel apresenta-se como uma solução de nova geração. A plataforma, lançada em 2023 e oficialmente renomeada este mês de maio — depois de operar inicialmente sob o nome PilotDesk —, automatiza processos-chave do dia a dia das equipas de ad ops, como o ajuste de price floors, a gestão de queries per second ou a sincronização de campanhas em diferentes ambientes publicitários.

A grande diferença está no seu enfoque multi-server. Muitos publishers operam com estruturas complexas que incluem vários ad servers — um para display, outro para CTV, outro para áudio —, o que gera silos operacionais e dados desconectados. A Swivel funciona como uma camada intermédia de coordenação que interpreta, traduz e propõe ações baseadas em sinais cruzados entre estas plataformas. Tudo isto sem substituir a lógica própria de cada server.

Uma equipa com historial e credibilidade

A equipa fundadora conhece bem o terreno: Joseph Hirsch, Matt Dearborn e Rich Lin lideraram o desenvolvimento da SpringServe, adquirida pela Magnite em 2021. Frans Vermeulen, ex-executivo da FreeWheel (agora parte da Comcast), juntou-se à equipa, trazendo a sua experiência em consultoria estratégica e a sua visão sobre o negócio programático.

Depois de cumprirem o período de não concorrência pós-aquisição na Magnite, os fundadores voltaram a unir forças para desenvolver esta nova proposta, convencidos de que a verdadeira oportunidade está na otimização — não na substituição.

“Não vamos construir mais um ad server, porque os que existem já são suficientemente bons. O que falta é a capacidade de os orquestrar entre si — e é aí que entra a Swivel”, explica Vermeulen à AdExchanger.

Esta visão também convenceu o capital de risco, com uma ronda de investimento de 8,8 milhões de dólares, liderada por fundos como Tribeca Venture Partners, Ardent Venture Partners, Roster Capital, entre outros nomes de peso do setor.

A Swivel opera num modelo SaaS, com receitas recorrentes baseadas em subscrição, e conta atualmente com 15 publishers como clientes — entre eles, oito empresas cotadas em bolsa. Um dos primeiros casos de sucesso foi com a LG Ads no segmento de CTV. A plataforma não só sugere ajustes de otimização como também facilita a compreensão da lógica entre servers e permite implementar regras de forma mais eficiente.

A interface sugere melhorias — como redistribuir queries ou ajustar limites de procura — que as equipas podem aceitar ou modificar. Desta forma, a IA não substitui o operador humano, mas dá-lhe mais capacidade de ação e foco.

Expansão, diversificação e consolidação

A Swivel começou nos Estados Unidos, mas planeia expandir-se para o Reino Unido e Europa em 2025. Também prevê alargar o seu alcance a novos segmentos como retail media, áudio digital e DOOH, onde a fragmentação operacional continua a ser uma barreira ao crescimento.

Atualmente, a empresa tem 20 colaboradores e dá prioridade à contratação nas áreas de produto, vendas e estratégia go-to-market. A prioridade é clara: escalar sem perder a proximidade ao cliente nem a capacidade de adaptação — uma competência que só uma equipa que conhece o “lado negro” dos ad servers pode oferecer.

“Swivel não se limita a automatizar tarefas; também traduz a complexidade do ecossistema em ações concretas. E isso, num setor cada vez mais técnico e saturado, é uma verdadeira vantagem competitiva”, conclui Vermeulen.

Próximo
Próximo

Google lança “Offerwall” para que os publishers personalizem como monetizam o seu conteúdo