As APIs perdem protagonismo face aos MCP na era agentic
Em plena transição para a chamada era agentic, os Model Context Protocols (MCP) começam a afirmar-se como uma alternativa às tradicionais integrações API-to-API. Este novo standard open source promete maior eficiência, interoperabilidade e automatização em ambientes publicitários impulsionados por agentes de inteligência artificial. O seu objectivo é claro: facilitar a ligação entre sistemas de IA e fontes externas, como plataformas de dados, analítica ou media.
Um exemplo recente desta transição é o lançamento do Infillion Agent Connector, uma plataforma de execução de media totalmente agentic construída sobre MCP. A solução permite que diferentes agentes de IA comuniquem entre si e gerem de forma autónoma todo o ciclo de uma campanha publicitária — desde o planeamento e definição de orçamento até à activação, segmentação e análise de resultados. A Stagwell está entre os primeiros anunciantes a adoptar esta tecnologia.
A principal novidade desta abordagem reside no facto de marcas e agências poderem desenvolver os seus próprios agentes, treinados com dados históricos de campanhas e conhecimento específico da marca, capazes de tomar decisões e executar acções de forma autónoma. Neste contexto, o Agent Connector da Infillion funciona como uma camada de ligação entre esses agentes e a plataforma MediaMath, onde as campanhas são lançadas e geridas. Em paralelo, centraliza o histórico de dados para clientes que já trabalhavam com ambas as empresas.
O modelo agentic contribui também para uma redução significativa da complexidade operacional. Em vez de aprender e gerir múltiplas plataformas, os anunciantes podem interagir com os sistemas através de linguagem natural e delegar a execução em agentes especializados. A Infillion destaca ainda, segundo o AdExchanger, o carácter componível da sua solução, que permite integrar a plataforma em qualquer ambiente tecnológico, cloud ou data stack já utilizado pelo anunciante.
Esta proposta posiciona-se como uma alternativa tanto aos walled gardens — onde os anunciantes têm controlo limitado sobre a tecnologia — como à open web, que oferece maior flexibilidade, mas carece de uma camada centralizada de orquestração.

