DV360 para CTV: o patinho feio que se transformou num cisne

CTV

DV360 para CTV? Aposto que mais do que um torceu o nariz ao ler isto… Durante anos, dizer “CTV fora do YouTube” no DV360 era como pedir sushi num restaurante italiano: tecnicamente possível, mas nada aconselhável. O rei era outro: The Trade Desk, com a sua coroa de household targeting, acesso premium e uma interface feita para apreciadores exigentes.

Mas, meus caros, algo mudou. E sim, o DV360 já não é apenas a porta de entrada para o YouTube. Silenciosamente (ou quase), a Google foi aprimorando a sua joia e agora, com household targeting, acesso premium e PAIR para dados first-party, é altura de fazer a pergunta incómoda: será que o DV360 já é um verdadeiro concorrente na categoria CTV?

Spoiler: a resposta é sim. Mas, como sempre, no PROGRAMMATIC PORTUGAL explicamos com dados.

Antes: as limitações do DV360 para CTV

Houve um tempo em que usar DV360 para CTV vinha com letras pequenas:

  • Inventário premium limitado (além do YouTube, claro).

  • Sem targeting nem medição robusta a nível de agregado familiar = controlo de frequência muito limitado.

  • E aquela sensação constante de que os verdadeiros players pure CTV jogavam noutra liga (olá, TTD!).

Muitos compradores sabiam: se querias precisão, escala fora do YouTube e reach real em lares, o DV360 ficava aquém. Mas isso era antes.

Agora: os três fatores que mudam tudo

1. Household Targeting e Medição Real
Sim, senhores. Finalmente, o DV360 permite planear, ativar e medir campanhas CTV com alcance e frequência a nível de lar, utilizando sinais como IP.
Resultado: melhor planeamento, menos sobreposição e um uso mais eficiente do orçamento — algo que, sinceramente, era impensável há apenas um ano.

2. Mais e melhor inventário premium
Netflix. Tubi. Disney+. Warner Bros. Discovery. Paramount… Não é uma lista de plataformas de streaming, é o novo alinhamento de parceiros CTV do DV360. A oferta premium cresceu (e muito), reduzindo a distância face a DSPs como o TTD. Está ao mesmo nível? Ainda é discutível, mas deu um salto quantitativo e qualitativo? Sem dúvida.

3. PAIR & Dados First-Party ativados
O santo graal do marketing cookieless: usar os teus próprios dados de forma segura. Com o PAIR, agora é possível fazer match entre o teu CRM e os dados dos publishers (incluindo CTV) sem partilhar PII.
Em resumo: ativa as tuas audiências First-Party em CTV diretamente a partir do DV360. E sim, a LiveRamp e outras clean rooms já estão envolvidas.

GMP como vantagem estratégica

Quem já usa YouTube e Display com o DV360 sabe o que isso significa: uma única interface, fluxos integrados e audiências partilhadas.
Para muitos anunciantes, isso vale ouro. Consolidar a CTV nesse mesmo stack não é apenas lógico — é eficiente. Porque sejamos sinceros: ninguém quer gerir três interfaces, mil relatórios e cinco audiências distintas se puder evitar.

O regresso do ano

O DV360 passou de ser “o DSP do YouTube” a um verdadeiro candidato para campanhas completas de CTV. Com household targeting, inventário alargado e ativação segura de dados 1P, já não há desculpas para o deixar de fora dos planos de vídeo unificados.

O TTD ainda tem vantagens? Claro. Mas o DV360 colmatou várias lacunas críticas, e para quem já está dentro do ecossistema GMP, o argumento da consolidação é cada vez mais convincente.

Portanto, querid@s planners, já sabem: está na hora de rever esse media plan e perguntar-se se, desta vez, ter tudo numa só plataforma não será mesmo a escolha mais inteligente.

Anterior
Anterior

IPG e WPP registam quedas no primeiro trimestre, mas confiam na reestruturação e digitalização para 2025

Próximo
Próximo

A era do “zero-click” redefine a relação entre publishers, IA e a monetização publicitária